Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2006

Despertar

amanhecer[1].jpg
Foto: Gabriel Rigon

Acordei da noite

Ainda entorpecido da imobilidade a que me sujeita

Mergulho o rosto na água benta que, milagrosamente, acorda o que dorme em mim

Abro os braços

Elevando-os para o horizonte que espreita pela janela

Penetrando através de sólidos e transparentes vidros

E que, indiscretamente, me toca

Elevando-me serenamente com o intuito de me levar a conhecer o mundo que é

Aberta a porta, deparo-me com uma imensidão de luz

A visão de um imensurável mar que sempre me acompanhou

Mas que nem sempre me deu a alegria que seria de esperar

Quando mais nada se espera de nós

Exigimos dos outros aquilo que nós próprios não alcançamos

Inabilidade

Deixo então que me leve

Vejo o solo e não o piso

Rompo o, agora, frio e cortante ar

E está quente o que sou

Continuo o périplo que me foi ternamente oferecido

Pela vida me desloco

Sempre…levitando nos seus braços

Sinto o seu pulsar

E, do seu, bate o meu







publicado por seforis às 18:07
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2 comentários:
De Anónimo a 22 de Fevereiro de 2006 às 19:42
O "teu" imensurável mar que tanto me acalma... beijinhotantodemim
(http://tantodemim.blogs.sapo.p)
(mailto:tantodemim@sapo.pt)


De Anónimo a 22 de Fevereiro de 2006 às 18:19
Está interessante o blogDLM
(http://liberal.blogs.sapo.pt/)
(mailto:edvig@iol.pt)


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